LP Rita Lee & Tutti Frutti | O Melhor De Rita Lee 1976/NM (Near Mint) R$150

RITA LEE foi considerada uma das musicistas mais influentes do Brasil, sendo referência para aqueles que iniciaram o maior uso das guitarras elétricas a partir de meados da década de 1970.

Ex-integrante do grupo OS MUTANTES (1966–1972) e TUTTI FRUTTI (1973–1978), participou de importantes revoluções no mundo da música e da sociedade. Suas canções, muitas vezes repletas de ironia mordaz ou reivindicação de independência feminina, tornaram-se onipresentes nas paradas.

Sobre o álbum “O Melhor de Rita Lee (1976)”

Lançada em 1976, “O Melhor de Rita Lee” é uma compilação que reúne momentos marcantes da fase inicial da carreira solo de Rita Lee, especialmente suas experiências musicais pós-Mutantes. A seleção de músicas apresenta um retrato da versatilidade da artista, passando pelo rock psicodélico, o folk e as influências tropicais. O disco revisita seu talento para letras bem-humoradas, críticas sociais e melodias inventivas. A seguir, um olhar sobre cada faixa.

1. Mamãe Natureza (do álbum “Atrás do Porto Tem Uma Cidade”, 1974)

Abrindo a compilação, “Mamãe Natureza” traz um rock vigoroso, com um riff contagiante e um tom libertário na letra. Rita canta sobre a conexão com a natureza e a necessidade de respeitá-la, refletindo o espírito ecológico que viria a ser recorrente em sua obra. A sonoridade remete à energia dos Mutantes, mas já com a identidade solo em formação.

2. Menino Bonito (do álbum “Fruto Proibido”, 1975)

Uma balada delicada e romântica, “Menino Bonito” se destaca pelo tom doce e melodia suave. A letra expressa uma admiração encantada por um amor idealizado, quase platônico, trazendo uma interpretação vocal intimista e sensível de Rita.

3. José (Joseph) (do álbum “Atrás do Porto Tem Uma Cidade”, 1974)

Nessa faixa, Rita Lee revisita o tema da religiosidade e da devoção, narrando uma história com toques místicos e um instrumental que mistura o folk ao progressivo. A atmosfera da música carrega um certo mistério, lembrando canções com temáticas bíblicas que Rita exploraria ocasionalmente.

4. Vamos Tratar da Saúde (do álbum “Fruto Proibido”, 1975)

Com uma pegada divertida e sarcástica, “Vamos Tratar da Saúde” mistura rock e funk, abordando de forma crítica e bem-humorada os excessos e a necessidade de equilíbrio na vida. O instrumental dinâmico e a interpretação teatral de Rita fazem dessa música uma das mais animadas da compilação.

5. Eu Vou Me Salvar (do álbum “Atrás do Porto Tem Uma Cidade”, 1974)

Essa canção traz um tom reflexivo e libertário, com Rita cantando sobre autodescoberta e superação. A melodia tem influências do folk e da música psicodélica, evocando um espírito de transformação e independência.

6. Você Ainda Duvida?/Tutti Frutti (do álbum “Fruto Proibido”, 1975)

Essa fusão de duas faixas traz uma interessante mudança de clima dentro da mesma música. “Você Ainda Duvida?” começa com um tom melancólico e sentimental, enquanto “Tutti Frutti” chega com energia e rebeldia, um rock despojado que incorpora a irreverência típica de Rita Lee.

7. De Pés No Chão (do álbum “Build Up”, 1970)

Uma das faixas mais suaves e poéticas da compilação, “De Pés No Chão” remete ao início da carreira solo de Rita, ainda sob forte influência dos Mutantes. A canção traz uma melodia delicada e uma letra que reflete sobre a simplicidade da vida e a importância de se manter conectado à realidade.

8. Hulla-Hulla (do álbum “Fruto Proibido”, 1975)

Com uma pegada tropical e bem-humorada, “Hulla-Hulla” brinca com a ideia de escapismo e diversão. A melodia animada remete a um espírito praiano, quase como uma sátira das músicas havaianas misturada ao rock brasileiro da época.

9. Yo No Creo Pero (do álbum “Atrás do Porto Tem Uma Cidade”, 1974)

Com uma estrutura musical experimental e letras enigmáticas, essa faixa brinca com sonoridades psicodélicas e uma atmosfera quase teatral. Rita utiliza sua voz de forma expressiva, tornando a canção uma das mais intrigantes da coletânea.

10. De Novo Aqui Meu Bom José (do álbum “Hoje É o Primeiro Dia do Resto da Sua Vida”, 1972)

Essa é uma nova versão da música “José”, mas com um arranjo diferente e uma nova abordagem na interpretação. A canção ganha um tom mais intimista e introspectivo nessa versão, ressaltando a força narrativa da composição.

11. Calma (do álbum “Build Up”, 1970)

Uma balada suave e reflexiva, “Calma” traz um instrumental delicado e uma interpretação serena de Rita. A letra sugere paciência e compreensão diante da vida, contrastando com as faixas mais animadas da coletânea.

12. Tratos À Bola (do álbum “Build Up”, 1970)

Encerrando a coletânea, essa faixa apresenta uma sonoridade lúdica e experimental, refletindo as influências do rock progressivo e psicodélico no início da carreira solo de Rita. A música tem um tom leve e quase irônico, com arranjos criativos e surpresas melódicas.

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